terça-feira, julho 29, 2008

Orkut, Dahmer, Funk, Nietzsche e Álcool. Tudo a ver.


E aí, galera?

Sentiram saudades? Espero que tudo esteja bem com todo mundo.

Sumi, sumi mesmo ( como se meus 2 fiéis leitores não tivessem percebido ). Nossa, aconteceu tanta coisa, algumas publicáveis, outras totalmente impublicáveis. Mas, o que é importante saber é que estou bem e bebendo na mesma proporção ( “O whisky é o cachorro engarrafado” - Vinícius de Moraes ).

Bom, pra quem interessar possa, saí de Paulínia/SP em março de 2008 ( nossa, quanto tempo sem postar PRN – PoRra Nenhuma – desde 04 de fevereiro de 2008 ), estou trabalhando em Campos, Macaé e Itaperuna. Tentando ler alguma coisa significante, conhecer gente significante e tomar atitudes significantes, mas, tá difícil ( ou de ficio, como diz minha amiga - http://www.orkut.com.br/Profile.aspx?uid=15599698086155697491 – corram antes que ela mude ).

Vocês devem estar se perguntando: “Poxa, o Eduardo teve a maior dificuldade pra encontrar um perfil com tão maravilhoso nível cultural.”. É aí que você, caro leitor, se engana... Tente fazer uma busca no Orkut pelas seguintes palavras: [sic] sorrizo, felisidade, onestidade, umildade, esperansa, maudade e saldade [/sic] ( “palavras” sugeridas pelo Fernando ODB em www.orkutdebebado.blogspot.com – naveguem por lá e preparem seus corações pras coisas mais esquisitas, totalmente sem gosto estético e sem noção ).

Utilize esse artifício quando estiver em um dia que nada deu certo, o stress continua a toda e você está querendo matar alguém, verá que a felicidade retornará pro seu lado e quem você quererá matar serão os infelizes acéfalos que possuem os perfis que o Orkut te mostrará.

Ah, você também verá que até aquele seu amigo também estará relacionado ( ou o amigo do amigo ), faça a busca e veja o quanto a leitura faz falta em nossa vida. O mais engraçado não é o cara fazer errado, é ter orgulho de fazer errado. Jesus, tomei cada susto.

Debatendo com uma amiga, disse que iria acabar com meu perfil, mas, o manterei justamente pros momentos de stress, que disse a vocês logo acima ( e tenho vários momentos assim ).

O André Dahmer ( www.malvados.com.br ) já havia percebido o rumo cultural do Orkut, é dele a tira que ilustra esse post.

Preservo demais o que leio e o que ouço ( dize-me o que ouves e te direi quem és ) e pensei que essa explosão de criatividade e genialidade deveria ser por causa do que não é lido e pelas músicas escutadas pelos donos de tão abençoados perfis, que só devem ouvir as músicas de facílima assimilação ( leia-se axé, pagode, funk ), mas, peraí... Eles não ouvem funk.

Digitei no Google a palavra FUNK, marquei a opção “Páginas do Brasil” e qual não foi minha surpresa ao constatar que só encontrei uma menção ao Funk real lá pela 4a página, em uma nota sobre o grupo Funk Como Le Gusta ( muito bom, por sinal ).

Também há uma página da SuperInteressante ( http://super.abril.com.br/superarquivo/2001/conteudo_175286.shtml – leiam, vale a pena ), de onde só tirei uma citação do compositor erudito russo Igor Stravinski proclamando que a história da música poderia ser resumida em três Bs: Bach, Beethoven e Brown. Creio que, só por aí, dá pra sentir a real importância do Funk ( favor NUNCA confundir com esse cúmulo da pobreza musical, martelado em nossos ouvidos todos os dias por onde quer que se passe ).

Procurem por: Earth, Wind & Fire; Sly & the Family Stone; James Brown; Aretha Franklin; Parliament; The Brothers Johnson; The Blues Brothers e sintam o real poder e peso do Funk.

Tentem ouvir ( parece óbvio, mas, muita gente escuta e não ouve ) o que está sendo tocado. Ajudará a construir uma personalidade.

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Bom, galera, estava devendo um post, tentarei ser menos ausente ( pela enésima vez, prometido ).

Escrevam, gosto de ler o que me deixam de lembrança. Ajuda a motivar ( ou desmotivar ).

Ah, como dizia Zaratustra: “Eu sou um anteparo na margem do rio. Que me agarre quem puder me agarrar. Mas não sou vossa muleta.”.

Abração a todos e um beijão pras meninas que me lêem aqui ( um beijo ainda maior pras que me escrevem ).

Até a próxima.