segunda-feira, maio 15, 2006

Deu no New York Times

Fala, galera.
Aì, o bicho tá pegando em São Paulo, me fez lembrar uma música dos Inocentes, Pânico em S.P. (idos de 1984 ou 1985, nem lembro mais).
Com tanta impunidade e corrupção rodando em lugares que deveriam ser palco da maior expressão de nobreza e valores brasileiros (Silvinho ganhando caminhonete, ambulâncias que custam R$36.000 sendo compradas por mais de R$100.000, greve de fome -é até sacanagem-, deputados sendo absolvidos na maior cara de pau, ONGs com contratos milionários e sem licitação, etc), mas, que são vistos como um local de benefício próprio pelos nossos representantes.
Isso faz com que os reais ladrões (parece piada) também fiquem com vontade de tirar sua casquinha.
Tanta violência e irracionalidade nos faz caminhar em direção aos dias mais sangrentos de Serra Leoa ou à passagem do Khmer Vermelho pelo Camboja. Sinais de ordem e progresso.
Meu filho estava conversando pela net com uma amiga de SP e ela o avisava pra não demorar a ir pra casa, pois estava chegando o horário limite (20h) e, a partir desse horário, a cavalaria estaria pela cidade numa espécie de Estado de Sítio, ele a lembrou que morava no estado do Rio de Janeiro (grande vantagem...) e ela ficou menos preocupada.
Somebody deserves? Nobody deserves.
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Falei da greve de fome e me lembrei, o Garotinho se lascou. A Globo conseguiu uma liminar na justiça impedindo o direito de resposta dele, parece que ele queria falar de tudo (propostas de governo, planos de trabalho, diretrizes pra campanha, etc), menos de exercer o direito que ele tinha conseguido, como o assunto se desviou do principal objetivo, os advogados conseguiram interromper a farra dele. E pra melhorar mais ainda, o PMDB decidiu não apresentar nenhum candidato à presidência.
Vendo pelo lado bom, ele perdeu 6,3kg em 11 dias, tem muita mulher que faria qualquer coisa por isso.
Você deve se perguntar o que eu acho disso? Acho que enquanto dermos mais valor às coisas totalmente sem valor (Big Brother - o programa, não o do livro 1984; Rebeldes; Mc Não sei o quê; Dança da Bundinha; etc) e continuarmos a esquecer as coisas valiosas (boa educação, leitura, diálogo, etc), será muito difícil nos livrarmos de políticos superficiais como este. Ele passaria totalmente despercebido em países desenvolvidos, mas, por aqui, tem toda essa expressão. Realmente, ninguém merece.
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Tô chato, só falando de política, quem sabe amanhã eu melhore.
Abraços a todos.

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