sexta-feira, julho 07, 2006

Receita pra se fazer um herói (feliz)

Fala, galera.
O negócio é o seguinte...
No longínquo ano de 1976, eu completava quatro aninhos de idade (tem uma foto dessa época no meu perfil do Orkut), nesse mesmo ano que eu aprendi a juntar uma série de figuras estranhas que a Dona Sônia, no extinto Colégio Municipal Duque de Caxias, me mostrava com tanta dedicação, nasceu neste momento a minha capacidade de ler qualquer coisa. E junto veio a vontade de ler qualquer coisa. O tempo passou, os gostos mudaram (naquela época eu era apaixonado pela Dona Sônia, hoje não me apaixono com tanta facilidade) e a leitura também mudou. Mas, uma coisa é certa, neste ano completarei 30 anos de casamento com a leitura.
Vocês devem estar pensando: “Mas, que lenga-lenga nostálgico é esse? Ninguém merece essa xaropada...”
Bem, tudo isso se encaixa da seguinte forma: na faculdade eu troco umas idéias sobre literatura brasileira com uma pessoa, sobre literatura vitoriana com outra pessoa, sobre livros técnicos de Eletrotécnica com outra, sobre livros matemáticos com outra e sobre quadrinhos (a nona arte) com meu amigo Tiagão.
Revirava meus furdunços de alfarrábios aqui em casa, procurando uma leitura indispensável a qualquer leitor de quadrinhos decente (e que já foi tema de um post deste mesmo blog, procurem e achem aí pra baixo) pra emprestar ao Tiagão, encontrei-a e folheei suas páginas empoeiradas, foi quando me deparei com uma palavra que havia passado despercebida em minhas leituras anteriores, a palavra era UMSLOPOGAAS. Abri meu navegador e digitei numa página de busca essa palavra.
Qual não foi minha surpresa ao descobrir que se tratava de uma receita pra felicidade, e resolvi transcreve-la pra vocês.

Os ingredientes são os seguintes:
. Dois limões;
. Uma conexão razoável à internet;
. Uma dose razoável de cachaça (em torno de 100ml);
. As três edições do 1° volume de “As Aventuras da Liga Extraordinária”;
. Açúcar a gosto.

Modo de preparar:
Num copo de vidro, coloque a dose de cachaça, corte os limões ao meio e esprema-os no copo, adicione açúcar até ficar no ponto.
Sente-se confortavelmente em frente ao seu micro, abra seu navegador e digite na barra de endereços: http://br.geocities.com/alanmooresitebr/anotacoesliga.html
Clique em Capítulo I – Sonhos de Império, abra a 1ª edição (de papel) de “As Aventuras da Liga Extraordinária” e vá seguindo o roteiro traçado.

Indicado para:
. Quem já leu alguns livros de Sir Arthur Conan Doyle, Edgar Alan Poe e outros clássicos da era Vitoriana;
. Quem se amarra em saber o significado de tudo;
. Quem gosta de analisar tudo friamente;
. Quem sabe que escrever não é só escrever, na verdade é 10% de inspiração e 90% de pesquisa (pensou que eu ia digitar transpiração, né?);
. Quem já ouviu falar qualquer coisa sobre Alan Moore.

Se você não tem nada a ver com o que eu disse acima, desconsidere tudo isso e espere o próximo post, mas, se você se encaixa em uma (só uma que seja) das características, reúna os ingredientes (peça emprestado, roube, compre, dê seus pulos) e faça a receita ao pé da letra. Veja como a felicidade é mais simples e mais possível do que parece.

Espero ter ajudado a todos (vou beber mais uma).

Abraços

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