segunda-feira, junho 19, 2006

Como grita o James Hetfield: "And justice for all"


Fala, galera...
Cada postagem ta demorando uma eternidade, mas, é semana de provas na faculdade, então, já sabe, o bicho pega.
Bom, vamos lá...
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Essa charge aí ao lado é do Angeli, um cara muito doido e que me falou de Jimi Hendrix pela primeira vez ao citar trechos de Purple Haze em suas tiras, ela mostra nosso presidente com seus aliados.
Angeli desenhava junto com outros cartunistas que adoro ( Laerte, Glauco, etc. ), na revista Chiclete com Banana, mais ou menos na mesma época da Casseta Popular e do Planeta Diário, mas, fazer quadrinhos no Brasil é pra poucos, ninguém agüenta a pressão da falta de grana, mas, o Angeli tá na área até hoje e melhorando cada vez mais.
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Meus vizinhos atacaram novamente...
Jogo do Brasil na área, resolvemos fazer uma batida de côco (preste atenção ao acento circunflexo no lugar certo) aqui em casa. Pra essa tarefa foram recrutados quatro homens. Enquanto fazíamos um pouco, bebíamos um pouco, o jogo não começava, fazíamos mais um pouco e bebíamos mais um pouco e assim a vida ia, foi quando meu vizinho me alertou que não sabia em quem votaria nas eleições presidenciais, já que o Lula não havia definido se seria ou não seria candidato, eu o alertei que o Lula será candidato com certeza, ele me perguntou porque eu tinha tanta convicção sobre isso, eu o alertei que se o Lula anunciar sua candidatura agora, ele não mais poderá fazer inaugurações e nem visitar obras em andamento, e é só isso que ele tem feito nos últimos tempos.
Disse ao meu vizinho que tenho um amigo que costuma dizer assim: “Já dizia Jesus na Galiléia, o homem que é homem não bobéia” (sic).
Lula tem as oportunidades e o tempo, é só não perder o último dia de prazo e anunciar sua candidatura a tempo, usando a máquina do Estado pra financiar sua “campanha”.
Meu outro vizinho, que é fanático pelo Lula, voltou a defendê-lo, me dizia assim: “Você não sabe o que está falando, este é o melhor governo que nos apareceu nos últimos tempos”, eu o retruquei perguntando se ele viu o massacre que a Argentina deu na seleção de Sérvia e Montenegro, é este mesmo massacre que ela apresenta pra gente com um crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2006 de 8,6% contra nossos minguados 3,4%.
Terminados a discussão, a batidinha e o jogo, uma sensação de angústia e medo do futuro de nossa seleção nos abateu.
Outro vizinho xingou durante todo o jogo, afinal o Quarteto Mágico (quem arrumou esse nome?) ainda não havia funcionado, ele reclamava dizendo que com a grana que essa galera embolsa, ele mesmo, já nos idos de seus 50 e tantos anos, faria muito melhor e ainda liquidaria sua dívida junto ao banco.
Ficou a esperança de um tropeço argentino e de mudanças em nossa seleção pra próxima atuação, que será em 22/06 (putz, aniversário de 15 anos do meu filho, estou mesmo ficando velho), contra uma das maiores decepções que esta Copa apresentou, o Japão, de Zico.
Vamos ver o que dá.
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Aí, galera, eu não gosto muito de postar textos de outras pessoas, mas, esse ta demais e serve pra gente ver como as coisas estão andando.
Foi extraído do blog do Josias de Souza ( veja o blog em http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/index.html )

No Planalto
Ronaldinho Gaúcho faz fila. Dribla o primeiro, entorta o segundo, dá uma caneta no terceiro... De repente, na entrada da grande área, o craque pega a bola com as mãos. Arremessa-a para Kaká que, também com as mãos, acerta o ângulo da meta adversária. O locutor grita: Gooooool! Os jogadores põem-se a festejar, uns pulando sobre os outros.

O juiz, entre irritado e estupefato, mostra o cartão vermelho a Ronaldinho e Kaká. Embora expulsos, os dois permanecem em campo. Deslizam sobre a grama como se nada tivesse acontecido. O árbitro os persegue, apitando incessantemente. E nada. O jogo segue o seu curso.

A cena descrita jamais acontecerá. No futebol, há regras. E elas são respeitadas. Aqui e ali, um ou outro jogador tenta enganar o juiz. Alguns até conseguem. Maradona, por exemplo, fez o seu gol de mão. “Foi a mão de Deus”, diria depois. Mas, quando pilhados em falta, jogadores costumam aceitar, ainda que contrafeitos, a punição.

Na política, dá-se o oposto. Jogadores faltosos continuam jogando. Mesmo quando flagrados. Há regras e juízes também na política. Mas elas, as regras, são ignoradas. E eles, os juízes, mostram-se impotentes para restabelecer a ordem em campo. Os jogadores fazem as suas próprias regras.

Agora mesmo, a Receita Federal realiza uma auditoria fiscal em nove partidos políticos. Constam da lista PSDB, PFL, PMDB, PT, PTB, PP e PL. Em princípio, seriam investigadas apenas as legendas envolvidas no escândalo do mensalão. Mas, iniciado o trabalho, os auditores do fisco se deram conta de que há indícios de irregularidades nas contas de praticamente todas as legendas.

Santo Agostinho ensinou que os criminosos, quando tomados isoladamente, não representam um risco à sociedade. O crime é algo intrínseco à alma humana. Mas quando o número de infratores, por exagerado, foge ao controle do Estado, estabelece-se um poder paralelo, com leis próprias, que conduzem à impunidade.

Não há, por ora, indicações de que a recente superexposição de malfeitorias tenha servido para estabelecer uma rotina civilizada nas campanhas eleitorais e no relacionamento entre partidos e governos. O país não se havia refeito da descoberta dos “recursos não contabilizados” de Delúbio Soares quando veio à luz a notícia das verbas de má origem da frustrada pré-campanha presidencial de Anthony Garotinho. A poeira levantada pelas CPIs resultantes do mensalão ainda não assentou e o Congresso já ensaia a instalação da comissão das sanguessugas.

O STF manuseia a denúncia do Ministério Público contra a “quadrilha” dos 40 do mensalão. A Receita diz que, concluída a sua auditoria, enviará ao TSE os nomes dos partidos que praticaram delitos fiscais. São duas oportunidades para que os juízes esbocem uma tentativa de impor algum tipo de autoridade no jogo político. Cartão amarelo já não resolve. Só o vermelho. A alternativa é a sociedade continuar perdendo de goleada. Uma goleada de gols de mão.”

Pô, gente, tá fogo, presta atenção nesses cornos que estão te pedindo votos agora e questiona mesmo, eles têm que ser cordiais, afinal estão precisando do seu voto e/ou apoio. Perguntem coisas do tipo: “Como terei certeza de que você é diferente dos que já estão lá?” ou “O que você já tem feito pra tentar diminuir essa pouca vergonha, esse poder paralelo que está agindo no Congresso?”. Ataca de sola e escuta o que eles dirão.
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Pra quem gosta de rock e cinema, aí vai uma matéria que saiu no Omelete, dá uma lida e veja se você precisa (ou não) limpar os ouvidos.
http://www.omelete.com.br/musica/artigos/base_para_artigos.asp?artigo=3180
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É, galera, desculpe os caminhos pelos quais este blog vai enveredando, mas, ele serve pra orientar meus quatro fiéis leitores.
Abraços a todos

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